quinta-feira, 28 de junho de 2007

sanfona

Me apego mais pelas coisas simples.

Elas me entrelaçam, me complicam, me dão um nó

Com elas me vejo cheio de dilemas.

Meu impulso quer mais impulso...

O passado me vem à alma como ferida eterna. Incurável. Irreversível

Que peso ganha o presente! Que responsabilidade ganha cada gesto!

Um toque de sanfona

Melodia mole, machucada.

Cada vez menos pura

Resistente, batizada.

É a estrada que não conheço

Como fumaça, com fumaça, num ritmo que incomoda

Fuxica, vasculha, invade, bagunça...

Maré trágica

Esperando a hora

De transbordar

De secar

De maltratar

De agradecer

A estrada

2004

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