sábado, 19 de maio de 2012

O $ é a Fé suja!

ouvi

Você pode me achar um imbecil
Você tem todo o direito de me achar um imbecil
Você pode me chamar de imbecil
Você tem todo o direito de me chamar de imbecil

Se eu me importar com isso, eu sou um imbecil
Um coração com FÉ

não conhece dúvidas

não flerta com certezas

não gosta de razão
Em tempos de mudança
O que aflora são os extremos
Fique atento!
O extremo do amor e da construção
é o caminho da salvação

Maio-2012

A escolha é sua!

Deus é o todo poderoso
(mas)
A escolha é sua!
05/2012
"O mundo pode até
fazer você chorar
Mas Deus te quer sorrindo"

Abadiânia-GO-05/2012

é?

É possível resgatar a pureza?

É bem simples



O que te faz sofrer é o sofrimento. Sofres porque sentes O sofrimento. É assim também com a felicidade. Sente-se feliz quando sentes A felicidade. Pode ser sua, pode ser do outro. Mas é A felicidade. Não é o motivo da felicidade, a razão do sofrimento. O sentimento vem (é) d(o) próprio sentimento.

domingo, 20 de novembro de 2011

Cobiça


Em meio a essa discussão sobre a usina de Bolo Monte, fico cada vez com a paranóia nacionalista mais aflorada. Estão querendo sim a amazônia, e este vídeo cool de atores globais, sendo uma cópia escarrada de uma campanha publicitária norte americana aumentou mais ainda essa nóia!
Até porque, morando nos EUA, eu sei que eles exploram muito aqui essa idéia de que nós não somos capazes de gerir nossos problemas e riquezas
o curso que eu faço por exemplo, todos os alunos internacionais tem q fazer uma apresentação baseada em textos sobre a floresta amazonica, desmatamento... nos textos fica claro que nós não somos responsáveis e uma das saídas é uma gestão internacional da área
isso rolou aqui comigo há dois meses. dei entrevista e tudo defendendo o governo brasileiro
para um mexicano que não é bobo e foi me entrevistar antes de apresentar o trabalho dele.

sábado, 24 de setembro de 2011

Lefort X A.Miller

Claude Lefort

"A democracia aceita a lacuna entre o simbólico (o lugar vazio do poder) e o real (o agente que ocupa esse lugar), e postula que nenhum agente empírico se encaixa "naturalmente"no lugar vazio do poder. Os outros sistemas são incompletos, têm de cair em acomodações, em solavancos ocasionais, para funcionar; a democracia eleva a incompletude a um princípio, institucionaliza o solavanco regular sob o disfarce de eleição... a democracia transforma a própria imperfeição em conceito.
Dizem que, uma vez que haja o espaço vazio, todos, caso respeitem as leis, podem trazer suas tradições e valores... Entretanto, o que sabemos é que, efetivamente, quanto mais a democracia é vazia, mais é um deserto de gozo e, correlativamente, mais o gozo se condensa em certos elementos. [...] quanto mais o significante é "esvaziado", como dizem alguns, mais o significante é purificado, mais se impõe na forma pura da lei, da democracia igualitária, da globalização de mercado, [...] mais a paixão aumenta, mais o ódio se intensifica, os fundamentalismos se multiplicam, a destruição se amlia, os massacres sem precedentes acontecem e catástrofes inauditas ocorrem."

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

é fogo...

Fogo
uma rápida oxidação
de um material combustível
liberando calor, luz e produtos de reação.
Fogo é mistura a altas temperaturas
fogo é reação
fogo emite radiação
fogo é eletromagnético
e visível

pro fogo quase tudo é alimento
livros, cadeiras, garrafas e até cidades inteiras
além dos mais traiçoeiros
como gases, gasolinas e perfumes

O fogo necessita de uma energia de ativação
pode ser uma chama
pode ser uma temperatura alta na ignição
pode até ser uma faísca de drama...

Iniciada a combustão
o calor mantém o processo em marcha
Fogo é conquista e
pode ser proteção

Fogo é potência e
de fogo é feita a sobrevivência...


"Tanta vida aqui dentro e só o mundo lá fora"
Penélope


É... sei como é.
A gente quando lê o cara
entende tudo
fazemos até analogias com a realidade que queremos trabalhar.
Depois que termina
e você quer finalmente construir as pontes,
algumas ferramentas somem, desaparecem.
Por isso muitos livros meus são rabiscados. Com caneta.
parecendo livro de colégio, de criança pequena.
Porque é assim: se perde o momento, perde o movimento...

Com um turbilhão de coisas opacas, brancas na cabeça,
uma caneta na mão e nada mais além do
relógio andando
e o desespero subindo a cabeça
Calma. Levanta
dá uma volta...
... por essas e outras o cigarro me acompanha...
mas tudo bem. O fraco sou eu.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

À quem a mentira serve melhor?
aos remetentes ou aos destinatários?

A solução já é um outro problema
de tantas portas que podem se abrir...

na verdade eu invento portas
descubro um jeito diferente de bater em cada uma delas
entrar em todas
sem distinção
se eu ficar preso
se der blecaute
festa, reunião, inquérito, orgia...
desconhecendo vejo que aprendo
há sempre mais
alguma coisa a ser descoberta,
experimentada.
e enquanto estiver vivo vou querer entrar em diferentes portas.
porque o vazio da existência me causa dor. muita dor
e então eu invento
crio
um mundo

maio 2004
Quando a luz se apaga
a boca se fecha
o vento bate forte nas paredes rachadas
não sei de onde vem
o ruído que traz a ventania
não sei quem apagou a luz
quem me calou?

2004
Precisamos nos dissolver
o EU há de ser extinto do SER
O ser é um estar sendo
enquanto temos vida
somos
o eu é um gesso
um baú que só armazena.
É um peso nas costas do estar sendo
Porque temos que nos preocupar
com esse baú que vai enchendo
e ficando cada vez mais pesado
com o passar do tempo
pesando nossas costas
vamos viver!!!
amar, odiar, rir, chorar...
e muito mais amor
para se enganar melhor!

uma solução

Não acredito nas pequenas coisas desse mundo
Eu gosto do abstrato. Aquilo que você diz ser vazio
gosto do que não sei se gosto
da eterna indecisão
que me mostra o quanto a vida tem pra oferecer
quantas possibilidades existem
naquilo que comumente é apresentado como
uma solução!

2004

não conseguindo se calar

Ecoa pelos becos da cidade escura
rumores de criaturas que,
em um gesto de bravura
imunes às imagens piscantes e cintilantes
emitem notas dissonantes
não conseguindo se calar

2006
Normalmente,
sou confuso...
nos tempos excepcionais
me encontro
ora lúcido
ora alucinado!

2004
A palavra falada serve para onde não há ouvidos
Ela só tem eco no vazio
Quanto mais silêncio
mais vida tem a palavra dita
Quanto mais ausência mais presença
Ela vive escondida
sobrevive mudando de escondrijo
grande força é a criação
A grande força é criação
se lança numa intensa relação com o mistério
se entrelaça...
ela vem
a criação
existe enquanto há mistério
A criação só existe
enquanto há mistério

2006
me perco logo no começo da estrada
não me entendo nem no primeiro passo.
Penso,
mesmo com fé e tesão
pra onde eu vou me lançar
por qual nome começo a me chamar
procuro saber com qual carrinho vou brincar
onde encontrar as chaves são uma outra questão
de repente nunca as encontrarei
mas dirijo. Sem problemas nem impedimentos
com o carro desligado para sempre
desde sempre
dirijo calado. morto
carro.ponto
será tudo isso só por causa das chaves?
invento sim. crio um mundo sem chaves
posso dizer que gasto meu tempo e minha habilidade
construindo o melhor pra você...


nos tempos de hoje não se encontram mais homens com coragem

se existisse coragem não existiria dúvida (nem) no primeiro passo.

Julho de 2009

crise

A voz que ninguém escuta
a verdade que ninguém aceita
o fundamento que ninguém acredita
é fácil não ser ouvido?
é fácil não ser admitido?
é fácil não ser verdade?
não ser o certo
não ser
não
o que tu esperas...


momentos de crise

o tal é fraco

O mais forte é o que reconhece o inimigo,
mas conseguindo ignorá-lo,
derrota-o
O fraco é o absoluto
Por mais que seja repetição
é o novo
e não será repetido
o sempre volta
mas volta outro
já pensou que
o que você faz
tem um peso incalculável???
Sinta que cada ação tua,
foi uma ação singular
inédita
e daquele jeito não será repetida
a repetição me vem como um traje
é de caráter externo
a-forma!
Quanto pesa cada ação?

abril 2002


Eu grito de dor e
esperanço-me com
o estalo
me acalmo e
esperanço-me
me embaralho e
vou em frente
mas tudo aqui está tão belo, tão lindo
não dá nem vontade de sair do lugar
parado dói por todos os lados
envolto e tranquilo...
uma maldade com o corpo
desentendimentos, culpa
para além da razão
negamos nossas ações
mesmo depois de consumadas
por medo da morte



Vai!
Conta mais com a tua vida
depois não dá
vá em frente, de par em par
depois não dá...
Alegria! alegre-se
O bom e nobre sentimento
há de surgir
há de te tomar
e te fazer
você...
O ronco, o salto
o grito, a queda
do bêbado
e...
você!!!

Maio 2000




As preocupações são inimigas dos acontecimentos
escondem o que há de mais pulsante neles
na vida
só percebemos quando passa
só nos damos conta depois
depois da construção já estar pronta
o cimento já secou
pra mexer
pra mudar
é preciso derrubar!
é preciso destruir!
Para construir um novo e começar tudo de novo
as perturbações são amigas da reconstrução
mostram que o tempo que passa
o ciclo continua
e só a alegria volta

maio de 2001


Nietzsche: "Os rios caudalosos arrastam consigo muitas pedras e arbustos. Os espíritos fortes arrastam consigo muitas cabeças tolas e perturbadas"

"Quem observa pouco, entende sempre demasiado pouco. Quem ouve mal, ouve sempre alguma coisa a mais"


pra começar

Tem vezes que é como tomar uma pancada na corcunda
é saber que a vida que levas é só sua.
Sentir uma angústia por saber disso
Saber que sendo só
não tem mulher
não tem amigo
que divida isso contigo.
Relações podem até durar para sempre
mas as reações suas
vão ser só suas.
Nesta solidão
não procuro aquele amor para dividir minha vida
muito menos me apego às fantasias que o mundo material me oferece.
Crio minhas fantasias
nesse buraco procuro Deus
procuro a verdade
me procuro
pra começar...

Fevereiro de 2002

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

passou I

Quando quero ser algo já estou sendo
Quando sou já não sou mais

vá lá

certa vez ouvi uma voz...

"procure conhecer o que desacreditas
e desacreditar do que conheces!"
e por fim em tom de sussurro

"acredite no que desconheces"

passou

Se perde o momento







perde o movimen
t
o

pura contradição

Entre a assistência e liberdade
Entre o acompanhamento e o descompromisso
Entre a precipitação e a cautela

Não quero nem assistência nem descompromisso
Não quero me precipitar quando liberdade eu for buscar

de alguma maneira vou querer um acompanhamento com cautela...

Entre o sim e o não talvez não.

boto fé na desconstrução, contemplo a dissolução!

como dignifica viver o que quebra sem deixar estilhaços!

rearrumar os pedaços sem se lembrar do que é passado

caminhar como as coisas caminham...

desobedecer muitas vezes é natural

o outro nem sempre é um animal

e o diferente seguramente é normal...

ponte

Qual homem tem a permissão
de regressar da ponte que liga o julgamento à ação?

Não precisa

A vida nos ensina que o que nós precisamos não é o que a gente quer...

quase nunca...

nem um

Estava desanimado, pensativo, quando ouvi ele me falar:

"Calma filho! Você tem que dar só meio passo. Não precisas gastar um passo inteiro.
primeiro por ficar fora do tempo normal, mundano, portanto incompreendido.
segundo para não gastá-lo sem necessidade, em consequência..."

é o que acontece com quem vive pelo coração...

Não basta me conhecer

Acho que é a crença em forças ocultas que me faz ignorar as certezas das estatísticas...

foi cedo

Descobri estúpidas mentiras muito novo...
Como e até quando suportarei viver?

o que concentra demais...

A tendência a querer o bem está quase que totalmente tomada pela idéia da ordem
- o problema nos serve de remédio, antídoto -
Não sei porque nunca o engolimos. Estamos sempre varrendo pra debaixo do tapete.
Devíamos fazer genealogias dos problemas ao invés de cristalizá-los com as imagens e os modelos do certo, do bem, e do higienizado...
Há o tempo inteiro uma ligação entre - problema-coisa ruim-fora da lei -
mate o problema, que tudo se resolverá!

ora ora...

Não percebemos a importância do problema?
ou percebemos, e por isso ficamos assim,
como covardes,
pois sabemos que,
são esses problemas que denunciam nossa ganância, fraqueza,
nossa tendência a concentrar
eternizar
cristalizar.

O que concentra demais...

estoura, estilhaça...
democratiza! de fato... viva os problemas!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

a lágrima de um homem vai cair

Sentado com amigos na beira do mar, vendo o horizonte imperar no mais longe lugar. Mais um dia nasce...
Andando numa estrada de terra com um amigo e mais dois colegas aventureiros.
Vou sozinho, de chinelo e mochila, preparando meu corpo para mais um mergulho.
Mais uma experiência capaz de ser o fim. Legítima de um apagar as luzes.
Para ter o ritmo, para ser a estrada de terra que ainda tem nome de caminho...
Um exercício. desafio.
Fincar a bandeira da transformação no alto de uma cruz vazia de significados e múltipla em significantes...
O gado pasta grama na beira do mar. rumina, espuma e dialoga com violões e trovoadas.
Sinto frio agasalhado, vejo o rio desaparecer.
É bom se desligar. É reestruturante se concentrar num momento que vale toda uma vida.
Ver uma história ser queimada. Um caminho inteiro ser trilhado em apenas sessenta segundos. Nada mais. Naquele desvalorizado e discreto "um minutinho"...
Pinto sem método a contradição que me equilibra e me da forças pra encontrar um método. O meu método...
O descompromisso às vezes me ensina a valorizar uma palavra, um ato de confiança. A ausência me ensina o compromisso. Me dá calma, me encanta pelas beiradas da alma...

É quando se tem aquele belo entardecer...


Fazer da despedida um momento mais pulsante. A ida como forma de reinício. A morte como forma de produção de vida. Mais vida. Mais vida, vida...
Defesa como modo de imposição. Ataque desprovido da disposição.
Lá do alto faço companhia a intensos e múltiplos gostos, que caindo juntos serão um só.
O grão que vira pão. A areia compõe a praia. A pedra o rochedo. A lágrima se descobre em enchurradas.
Vejo lá do alto, vivo cada pingo, como cada grão...
cada gota, cada lágrima. Vivo com a densidade da queda. A potência visceral da transformação incansável. Mutável. Unido. Forte. Duro. /intacto/. Imutável. o céu é o limite. Risco. Solidão.
Denso acaricio cada momento. Cada um que são muitos, cada pouco que é muito, cada todo que não é nada se é repetido sem sentimento...
Sou vida aceitando o denso, produzindo intensidades. Dou vida ao exercício da força, à importância da dor...
à recompensa do amor...
Quero dor e insensibilidade. Pulsação e frieza. Quero tudo pra aí sim poder escolher o pincel que irei usar, quais cores se ligam aos métodos vitoriosos. Como será a tela? com qual humor pintarei?

Somente conhecendo ruas e quartos, tropeços e colos, encontros e desacordos, homens e humanidade, bebida e comida, cachorro e gato, mar e montanha, barco e avião, terra e asfalto, abandono e afeto, amor e desilusão... Há de viver de peito aberto, disposto a tudo, se livrando de prisões sentimentais e ideológicas.
Viver oq vier... com a calma de um auto didata, com co-existência, pluriconvivência.
Sento-me na beirada de minha cama. Parado, com sono, sem nada pra te oferecer. Incapaz de te provar aquilo que esperas de mim... Mas vivo... isso tem q bastar!!!
Tenho um guia que me aconselha andar devagar. Caminhar com calma... na certeza...
Receita que eu comece a digerir essa minha densidade.
Me oferecer a quem saberá me guardar. Me entregar ao que quer e sabe me proteger.
Me jogar no que me segura, desmoronar no que me sustenta...
Tudo simplesmente por saber o valor do colo... Querer carinho constante, o amor externo. Sei que momentos são únicos, as potências possuem validade, as paixões se não alimentadas morrem desidratadas, mais feias do que vidas sem paixão...
Me encorajo acreditando no externo, buscando qualquer coisa no infinito, me apaixonando pelos múltiplos e lineares amores.
O que posso fazer se não desisto de querer mais?
Aceito... aceito sim... Me calo quando sou convencido, mas queira você saber que eu me calo mais ainda quando estou discordando. É que a pedagogia do silêncio... deixa pra lá...
Sem a dualidade que limita... e muito... um solitário e único pássaro canta lá fora. Deve estar querendo dizer algo. Pode estar vivendo uma catarse.
Me chama atenção, se mostra presente o fiel sinal. O persistente conselho, a violenta bronca, o doce abraço. Está intervindo. Se impõe e participa. Compõe a eqüação, penetra o quadro...

02/07/06