quinta-feira, 28 de junho de 2007

fracas aventuras

o oco que é tudo o que não poderei jamais

É muito difícil explicar se explicando

Muito complicado passar pelo rolo compressor da boa vontade

De falar e ouvir

Ir e vir

Morte. Impulso primitivo. Estilhaço

Caco de vidro. Mundo vazio. Alma vazia

Um meio de obter é não procurar

Um meio de ter é o de não pedir

Somente acreditar que

No silêncio eu me jogo. A ausência que eu crio

São respostas do mistério. são a minha sombra...

De onde vem este sentido que se expressa como falta de sentido?

Ultrapassa palavras, frases...

Etapas, fases...

Me fascina, me angustia, me toma, me doma

Fico pra fora do mundo

Sinto-me tão aprofundado em mim mesmo que só posso esperar

Que minha dissolução será o alimento necessário

Para o florescer, brotar, vingar...

Cansei de fracas aventuras,

duras certezas opacas...

2006

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